segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Arrogância a todo vapor

Há um tempo atrás, para falar a verdade, há muito pouco tempo atrás, me irritava muito pessoas de não soubessem coisas que eu considero básicas para ser andar, viver, correr na vida.

Achava que alguém era menos que eu porque era incapaz de entender que Pasárgada não existe e que quando eu chamava José, estava somente fazendo alusão a um poema. E na política, então? Nada me irritava mais do que pessoas que não sabem se situar historicamente, repetem frases do Jornal Nacional para justificarem suas intenções políticas.

Não passava pela minha cabeça que alguém pudesse viver e ser sem as minhas referências. Mas de um tempo para ca ando pensando que as minhas referências são importantes para mim e para meu julgamento. As pessoas têm histórias diferentes a tratam assuntos de formas completamente diferentes. Comecei a me dar conta disso depois de duas situações que aconteceram no trabalho:

1- em uma brincadeira, um colega de departamento confundiu "egocêntrico" com altruísta" e passou desapercebido por outro do departamento que eu considero super inteligente.

2- estava trocando idéia com os meninos da criação quando uma pessoa que eu tenho certeza que me respeita e me considera inteligente perguntou se eu conhecia o fotógrafo x e eu disse que não.


No primeiro caso, fiquei meio chocada. Meios constrangida por ter certeza de que todos sabiam o significado das palavras em discussão.

E no segundo caso? será que meu amigo me diminuiu porque eu não dividia o mesmo conhecimento que ele? Tenho certeza absoluta que não.

As pessoas passaram por educações diferentes, se interessaram por assuntos diferentes, por situações diferentes. E isso nos a diminui intelectualmente. Ser inteligente é muito diferente de ser erudito, intelectual. Para mim, ler um livro por semana me ajuda a compreender melhor as palavras, interpretar melhor as situações e me expressar melhor. Mas por que uma pessoa que não lê nunca é pior que eu?

Pensar assim é de uma ignorância e arrogância sem fim. Por que o meu conhecimento é superior ao conhecimento dos outros? Ou pior: por que eu acho que o meu conhecimento me faz superior que os outros? Isso é uma loucura.

Perceber que as pessoas são diferentes e devem ser faz com que os meus dias sejam mais leves, mais tolerantes com a diferença. Alias, a diferença é fundamental para a complementaridade.

Se todos os interesses fossem iguais, como o diferente iria ser descoberto? Se todos gastassem horas em uma atividade, quem faria o restante.

A única sabedoria que eu quero usufruir e mostrar nesse momento é a descoberta de que a tolerância com o diferente é fundamental para a divisão de conhecimento, receptividade do outro e aprendizagem de ver que ouvir e respeitar faz parte de viver.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

29. dia do noque da fortuna

As pessoas têm muita dificuldade de tolerar e aceitar o que é diferente, né? Ninguém me paga para gostarem de mim, mas sim do meu trabalho. Preciso passar o dia rindo, mostrando uma felicidade que é só minha e que muitas vezes nem é?

Detesto rosa. Não a cor, mas o que ela significa. O ideal de mulher rosa que passa a vida toda esperando um príncipe e que não se permite se encantar pelo sapinho simpático que está ali do lado. Tem até um movimento de umas mães de meninas contra essa ditadura do rosa e de tudo que a cor significa. No rosa, essas mães acreditam, que encontram mulheres submissas, ingênuas, inferiores. Eu concordo. Só para deixar claro, hoje estou com uma camisa rosa.

Incoerência, seu sobre nome é Bon? Não dessa vez. Mas vamos pra próxima coisa que as pessoas não toleram.

Mulher que fala palavrão. Qual problema? Isso faz de mim mesmo mulher, menos sensível com as questões humanitárias, menos séria, menos profissional, menos alguma coisa? Ô coisa chata.

As pessoas também têm uma certa dificuldade de aceitar que outras pessoas gostem de ficar com elas mesmas. Porra, eu sou inteligente, sou legal, existe melhor companhia para mim mesma do que eu? Então, não me obriguem a entrar em fila de kilo com a todo mundo da firrrrma e sentar em uma mesa para falar de nada. Não vou. Prefiro desperdiçar meu tempo de almoço com um livro ou com um pensamento. Ai, gente, até com a Veja eu prefiro ficar.

Sim eu sou publicitária e não, não vou comprar um Iphone. Simplesmente porque virou obrigação ter um. Acho até bonitinho. Compraria de bom grado, mas isso virou sinônimo de bom profissional no mercado. Bem, vamos lá: eu sou boa profissional e não preciso de um aparelho para dizer isso para a humanidade. E tem outra coisa, eu já trabalho muito para ter um treco me permita ler e-mail em qualquer lugar.

Não. Não faço questão de fazer novos amigos. Ai, gente. Que saco. Já tenho os meus e já agüento suas manias chatas e eles me bastam. É claro que se me aparecer alguém legal, eu aceito a proposta. Mas os meus amigos são tão inteligentes, legais, sem maiores exigências, que, né? Da preguiça.

Por falar em amigos, as pessoas têm realmente muita dificuldade de entender que eu sou amiga de homens. Tenho poucas amigas mulheres e muitos amigos homens. Eles são mais fáceis. Se eu esqueço uma data de aniversário não vou ficar ouvindo isso por 5 anos a fio, por exemplo.

Cansei desse post e cansei de gente chata. Esse título é só para ilustrar uma situação chata do dia:

Restaurante que eu almoço todos os dias:

- Manu, hoje é dia de nhoque da fortuna.
- não credito nessas coisas
- aaaaaaaahhhhh, mas devia. É por isso que você não casa.

ah, e as pessoas têm mais dificuldade ainda com quem é solteira.


sem mais,


Manu Bon

terça-feira, 27 de julho de 2010

É exatamente assim que me sinto depois que o luto passou

Mistake...
"Eu acho que o tempo todo eu amei errado. Agora vejo, o que eu sinto não é amor em excesso, e sim ausência de amor próprio. Eu me falto muito. Pois bem, eu me perdôo por isso. Não vou continuar a me olhar no espelho com essa cara de ‘E agora?’. Ninguém pode acertar sempre, nem ser bom o tempo todo, ou manter o sorriso no rosto todas as horas do dia. Às vezes a gente acorda com mau humor, com a sorte virada às avessas, e tropeça, fala palavrão, e se economiza para depois se gastar erroneamente. O que não dá é para ficar parada, segurando os ponteiros do relógio para tentar ganhar tempo. Da vida, o relógio não dá conta, não. Mas daí, quando a gente se descobre a nossa melhor companhia, se permite dormir até mais tarde, rir de si mesma, escolher a música para se ouvir no carro, decidir o sabor da pizza, escolher o lado da cama para se dormir, e o programa do fim de semana para se divertir. Não dá mais para fazer economias quando o assunto é ser feliz. Posso até escolher alguém para me dividir, desde que eu fique com a maior e melhor parte de mim."
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(Gabriela Castro)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ou

A brincadeira é simples: é OU. Sem explicação. Sem sabero o que eu tô pensando ou o que você vai responder. É simplesmento OU

Pra não dizer que não falei de flores ou sabiá?
Caetano ou Chico?
Bob's ou Mc donalds?
Coca ou Pepsi?
Serra ou Dilma?
Beatles ou Roling Stones?
Cerveja ou vinho?
Cerveja ou chopp?
Itahy ou Sindicato?
Jazz ou Rock?
Joana Angélica ou Vinícios de Moraes?
Ipanema ou Leblon?
Botafogo ou Copacabana?
Bruno ou Nardoni?
Bruno ou Guilherme de Pádua?
Cachorro ou gato?
Cachorro ou criança?
Caetano ou Gil?
Lulu ou Mutantes?
Poderoso Chafão 1 ou Poderoso chefão 2?
Goonies ou Curtindo a vida adoidado?
Cospe ou engole?
Loira ou morena?
Com camisinha ou sem camisinha?
Sóbrio ou bêbado?
Com luz ou sem luz?
Preto ou branco?
Fievel ou Buchecha?
Gordinho ou Buchecha?
Manu ou Toquinho?
Dépito ou crédito?


E assim foi: de 14 às 21...

É muito bom ser feliz, heim.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Morte

Morte
Não é com um tema nada agradável que eu retorno ao blog. Morte é um tema sempre chato, muitos acham mórbido. Desde pequena, nunca vi problema nenhuma na morte ou no fim da vida. Como tudo, acho que a vida tem começo, meio e fim. Uma hora tem que acabar mesmo.

Nunca tive medo de cemitério, na verdade, sempre tive uma certa atração por tudo que diz respeito a morte. Não no sentido mórbido, mas na tentativa de entender porque o fim incomodava tanto as pessoas. Isso é uma das coisas em mim que não mudou.

Não sou uma maluca, insensível e sem coração. Não fico feliz quando alguém morre, embora acredite que esse seria um caminho mais fácil, uma vez que a morte não tem jeito. Mas acho que a morte poderia ser vista e analisada de outra forma. O luto poderia ser melhor aproveitado, já que ele não tem jeito. Tem que ser vivido. Não temos escolha.

Não estou dizendo que não fica saudade, carinho, lembrança. Às vezes, fica raiva, medo, solidão. Tudo isso fica e ficará, faz parte da perda e do luto.

A pessoa morrer significa que a partir daquele momento ela não existe mais, virou pó, mas ela virou pó e não as coisas que viveu e que deixou. E ai que começa a minha forma de luto. Toda vez que alguém próximo morre, eu entro em um processo de análise do momento, da situação, do que ela deixou, do que passou para mim.

Quando um amigo meu morreu, eu não consegui derramar uma lágrima. Me senti uma freak. Todas as minhas amigas se descabelando no enterro, os meninos arrasados. Eu tava triste também. Abalada. Mas eu fiquei arrasada mesmo quando vi a família dele. Seus 3 irmãos sem alma, a mãe dele envelhecida uns 10 anos, o pai, antes com um olhar alegre, estava com um olhar perdido que nunca mais foi achado.

No momento que eu vi a família, chorei. Chorei pelo desespero deles, pelo sofrimento, pelo que poderia doer em mim se um irmão meu morresse de forma tão estúpida. Nesse momento, senti raiva. Muita raiva do Gustavo. Uma raiva que durou muitos anos e eu lembro toda vez que encontro um irmão dele.

Além da raiva que eu senti dele, ficaram lembranças da nossa infância, da sua alegria, das merdas que a gente fazia no colégio, dos churrascos na casa dele. Na última vez que a gente se viu, no meu aniversário de 21 anos. A lembrança dele ficou viva em mim, de alguma forma.

Sem choro nem vela, mas lembrado, com nostalgia e com saudade, mas nunca pensando, "ah, se ele estivesse aqui". Isso para mim é maluquice total. É não querer viver o presente para viver em um passado de ilusão. A pessoa acabou. Puf. Foi.

Eu vou na contra mão de maioria das pessoas, mas acho que é porque a minha família tem uma relação meio doentia com a morte. Meu tio avó até hoje não superou a morte da mãe. Fica pelos cantos justificando sua vida fracassada com a morte da mãe. Minha mãe faz a mesma coisa: tudo é culpa do pai maluco que morreu.

Acho uma maluquice sem fim justificar fracasso, no fracasso ou morte dos outros, mas entendo, que é muito mais fácil você não resolver seus problemas se pendurando na morte de alguém ou no fracasso de alguém. É uma forma mais fácil, menos dolorosa de ver a vida.

Pois bem, retomei o blog hoje, pois uma cliente aqui da agência morreu. Devia ter no máximo, 40 anos. Diretora de mkt. Vivia para o trabalho. Tinha acabado de ficar noiva. Ai fico pensando como é tudo tão efêmero, tão rápido, tão passageiro, tão frágil.

Ficar enfiada dentro do trabalho não pode ser a minha única razão de viver. Não pode. Existe vida lá fora e ela pode acabar de repente. E o que eu vou deixar se acabar amanhã? O que as pessoas vão lembrar? O que eu fiz ou vou fazer que vai fazer alguém pensar em mim com carinho e admiração? Será que eu só vou ser lembrada por ser responsável, trabalhadora, inteligente? Isso já é uma grande coisa. Só preciso avaliar se é só isso que eu quero deixar.

Essa perda de hoje, está me fazendo pensar que não. Não é só isso que eu quero deixar. Por mim. A vida não será reduzida a receber dinheiro, ficar o mês todo torcendo para o outro mês chegar e entrar mais dinheiro.

A vida é sempre tão intensa que quando a gente vê, entramos em um círculo vicioso, um buraco negro que te leva para um mundo que você não queria, mas quando acordar daqui ha 20 anos, vai ver que foi isso que foi construído.


Hora de acordar.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Respondendo a mim mesma

No dia 30 de Março de 2010, decidi que no dia seguinte seria meu reveillon. Resolvi seguir a minha amiga Fernanda que decidiu fazer um reveillon toda vez que as vida estivesse entrando em um ciclo vicioso. Pois bem,a vida tava entrando em um ciclo bem escroto e eu, cada vez mais, sem saber o que fazer. Assim, Abril começou e eu entrei em uma nova fase, afinal que motivo eu tenho para reclamar da vida? Nunca estive tão feliz com o meu trabalho (é verdade! sem reclamações!), minha família só me dá alegrias, meus amigos, bem, esses não tem nem o que falar. Então vamos as rapidinhas que eu tô com dor na coluna:

- Apaixonada? nem. tenho coisa melhor pra fazer
- Trabalho? motivo de muitas alegrias atuais
- chefe? opa, dessa vez arrumei uma pessoa que é uma verdadeira chefe
- família? saudades
- rio de janeiro? casa de praia
- são paulo? minha casa
- motivo de tristeza? ter acabado alguns relacionamentos sem ele ter acabado antes
- arrependimento? nope
- um motivo de orgulho? minha profissão
- uma raiva guardada? nenhuma
- um ídolo? podem ser 3? meus avós
- um sonho? minha casa de vila, uma cadeira de balanço, um Ipad e uma gata preta chamada Morgana

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ressaca de carnaval

Preciso escrever, mas estou sem tempo. Muito sem tempo, mas preciso. Alguém me da colo? O que será que ta acontecendo? Vontade louca de chorar.


ops,

TPM